Sindicato da Construção teme aumento de mortes com desinvestimento na segurança

El Sindicato de la Construcción, dijo hoy que el número de muertes en accidentes de trabajo se redujo en el primer semestre de 17, pero advirtió de un posible aumento de los casos debido a la desinversión de seguridad.

O presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, foi hoje ao viaduto do Corgo, em Vila Real, para destacar esta obra como um exemplo a seguir em termos de segurança. A ponte está inserida na Autoestrada Transmontana.

Apesar dos seus 2.796 metros de extensão e 197 metros de altura, desde a fundação até ao topo dos mastros, não se verificou qualquer acidente mortal durante a sua construção, realçou o responsável.

Albano Ribeiro referiu que o número de vítimas mortais em acidentes ocorridos no setor da construção foi de 17, entre janeiro e junho, menos oito do que em igual período do ano passado.

O responsável salientou ainda que o sindicato realizou neste período 210 ações de sensibilização no âmbito da campanha alusiva à segurança na área da construção.

No entanto, Albano Ribeiro receia que os casos de acidentes possam aumentar devido à crise, que “contribui para a diminuição do investimento por parte de muitas empresas para a segurança”.

As preocupações do sindicalista aumentam porque, segundo frisou, “vão surgir milhares de pequenas obras de requalificação em todo o país”.

“Muitas das empresas que as vão realizar são aquelas em que primeiro está o lucro e depois a segurança”, sustentou.

Albano Ribeiro denunciou ainda a falta de meios, nomeadamente a nível dos transportes, em algumas delegações da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), para desenvolver a sua atividade normal.

O dirigente referiu que, em alguns casos, os inspetores não possuem viaturas para se deslocarem devido a avarias.

“Desde já responsabilizamos o Governo, se continuar a persistir nesta direção, pelo aumento de mortos que pode acontecer em Portugal”, salientou.

Contactada pela Agência Lusa, a ACT disse que não se pronuncia sobre esta denúncia.

Segundo Albano Ribeiro, em 1997 morreram 196 trabalhadores em acidentes de trabalho. “Nós não temos que voltar a essa situação”, sublinhou.

No viaduto do Corgo foram investidos três milhões de euros na segurança. O dirigente enalteceu este investimento e lembrou que “nos pilares não havia lugar sequer para um prego cair para baixo”.

O diretor geral da Autoestradas XXI, Rodrigues de Castro, referiu que a altura da ponte foi precisamente a maior dificuldade com que se depararam durante a construção desta infraestrutura, que deverá abrir ao tráfego até ao final do mês.

A Autoestrada Transmontana foi construída no âmbito de uma parceria público privada adjudicada, em 2008, ao consórcio liderado pela Soares da Costa, com um custo de 510 milhões de euros.

Esta via liga Bragança a Vila Real, onde deveria unir-se à Autoestrada do Marão que segue até Amarante e incluiu o Túnel do Marão.

O Governo já resgatou a obra, parada há mais dois anos, mas ainda não é conhecida uma data para retomar os trabalhos.

Albano Ribeiro aproveitou para anunciar que o sindicato pediu uma audiência ao ministro do Emprego, Mota Soares, para reivindicar mais uma vez o recomeço das obras na Autoestrada do Marão, onde chegaram a trabalhar 1.400 trabalhadores.

Fuente: http://diariodigital.sapo.pt

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